segunda-feira, 16 de março de 2009

Os mosquitos tocam sempre duas vezes?

Finalmente sei o que, em malariês, quer dizer «dois por campo». As observações microscópicas sobre os diversos campos de visão numa lamela de vidro onde jaz o sangue retirado com uma guilhotina anã da ponta do meu indicador direito, urrrhh, deram conta da existência, em média, de dois bichinhos. Sendo, apesar de tudo, sinal da pouca fertilidade do solo, a leitura aqui deste lavrador é a de que houve, pelo menos, dois mosquitos que conseguiram ultrapassar a, aparentemente, vã barreira do repelente com que costumo besuntar o cocuruto, as pontas das orelhas, as costas das mãos, os braços até ao cotovelo e as mangas das camisas quando me esqueço e as desarregaço. Embora desconhecendo a longevidade média dos mosquitos angolanos, atrevo-me a considerar que não terão sido os mesmos de há nove meses atrás. Quando muito, terão sido as suas descendentes.

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