Hoje é Dia da Mãe e não tenho como festejar. Porque estou órfão. Tanto de mãe como de pai. Aliás, de mães e de pais, pois tive a sorte de ter dois de cada. A todos, acompanhei-os até ao fim, numa proximidade nem sempre fácil mas que acredito ter sido a suficiente para, também, acreditarem que nunca estiveram sós. Tal como tendo a pensar que, agora, não estou. Por isso, estou órfão, não sou órfão. Também por sentir ter, por vezes, uma esquadra a vigiar-me. No parapeito de uma mesma janela corrida. Não sei muito bem onde.
domingo, 3 de maio de 2009
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6 comentários:
Uma das minhas preferidas... (Perdão pela invasao)
Invasora Bé,
Pois seja bem-vinda...
Olá Roberto.
Um abraço amigo dum peixeiro que também trata dos olhos.
O Jeff traz-me muitas memórias. Por isso, apesar de ser dia da Mãe, invoco o seu pai, Tim. Um trovador.
http://www.youtube.com/watch?v=CckFYoYq8GI
Dizia ele em "Carnival Song".
The singer cries for people's lies
He will sing for the day to bring him night
The circus burns in carnival flame
And for a while you won't know my name at all
But sing and dance and love for pennies and gold
The juggling clown smiles to me
And every frown we agree is glad
The nighttime comes to bring the bums
From Bowery heat to Crimson Streets of wine
But magic lands will never touch our sands
Your children smile in single file
They learn mistakes that others make
They see although they cannot know
The needs they'll need to have their greed grow wild
But dance and sing for others bring the shame
And for a while you won't know my name
Meu Caro Amigo peixeiro,
Bela evocação, só possível em quem cultiva os prazeres certos. Como a amizade, que retribuo. Um forte abraço.
sinto o mesmo, Roberto, perdi os meus aos 27 anos de forma abrupta e trágica. ainda me sinto orfã.
abraço!
Júlia,
Retribuo o abraço solidário.
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