sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dia do trabalhador

Hoje também faço anos, como trabalhador, pois iniciei-me a um 1º de Maio. Na verdade, dado o feriado, comecei no dia seguinte, mas é o que ficou registado no contrato. O que daria origem a algum gozo, lá em casa, por esse pormenor no arranque não abonar nada a favor da qualidade do novo trabalhador. Mais tarde, mudei uma vez de emprego num 1º de Novembro, novo feriado, o qual, para além do extra-bolso, me faria reincidir na chacota doméstica. Tantos anos entretanto passados, creio ter compensado esse absentismo precoce com muito after-hours, quantas vezes estendido aos fins-de-semana e feriados. O que, mesmo assim, jamais me deu o privilégio de poder, heroicamente, engrossar qualquer manifestação num 1º de Maio. Pelo contrário, houve sempre alguém a avisar-me de que poderia ter-me poupado ao desperdício se soubesse gerir melhor o meu tempo no trabalho. Agora, em Angola, tenho-me deparado com uma nova faceta de forçado workaholic. O que me tem trazido tanta frustração quanta infelicidade. Por não haver nada de especialmente excitante em continuar por aqui casado-com-o-trabalho.

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