Passadas duas semanas, aterrar em Angola é como regressar a um covil donde se espera poder continuar a disfarçar um permanente estado de infelicidade latente. A provocada pelo que, mais uma vez, se deixou para trás e a que insiste em voltar a deparar-se-nos pela frente. Algures na penumbra desta sandwich de sensações, há o barbitúrico efeito dos noticiários da RTP Internacional e dos seus cortejos de desempregados, fundo-desempregados, mal-empregados, desempregados-semi-pensionistas, colarinho-desempregados, pensionistas-empregados e toda a sorte de actuais e futuros lay-offers, numa letargia de ilustrações que jorram do ecran a conta-gotas, em news a cada dia mais velhas e menos aguadas, antes areadas como saídas de um poço prestes a secar, as quais, bem mais que o postar neste blogue, me têm ajudado a salvar da marquesa do psicanalista. Então… qual é a maca?
sexta-feira, 24 de abril de 2009
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4 comentários:
A maca é realmente aquilo que dexou para trás, mas resista poque por aqui com o poço no fundo as "news" vão sair cada vez mais enlameadas.
Caro Slsalgueiro,
É sempre bom saber que há quem reconheça o mesmo poço...
"continuar a disfarçar um permanente estado de infelicidade latente"....
Caramba, Roberto
Você botou o dedo numa ferida delorosa. Qualquer dia vou querer falar sobre isso também.
Enquanto esse dia não chega, sigo ouvindo Piaf no volume mais alto que posso: Non, je ne regrette rian
m.Jo.,
E não é que ouço, daqui, essa mesma música?...
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