domingo, 26 de abril de 2009

Quarteirão de Abril

No 25 de Abril de 1974 estava no liceu. Os zunzuns de uma revolução em Lisboa fizeram-me temer por um irmão mais velho que nessa altura fazia recruta na base do Alfeite. Para logo depois me deixar entusiasmar pelo que me diziam ser de celebrar. De imediato, que o meu irmão já não corria o risco de ir combater para um local que diziam ser nosso mas que, lá por casa, ninguém conhecia. A seguir, fui acreditando que tudo aquilo que ia acontecendo era tão rejuvenescedor quanto o sentido do meu próprio crescimento. Depois, passei a ficar carregado de dúvidas. E até acabei por pôr os pés em África. Quanto à Revolução dos Cravos, consta que têm havido disputas entre os mordomos do Parlamento para que a flor não perca a côr original, pelo menos, no dia das comemorações anuais. E, num restaurante daqui, pareceu-me ter visto pela RPT Internacional um deputado a chorar enquanto lá discursava. Mas já não consegui perceber muito bem porquê. Se calhar foi da distância.

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