terça-feira, 19 de maio de 2009

Investimentos rasca

Angola quer fábricas portuguesas de materiais de construção. Há uns meses, quando alguém por aqui sentenciou que a descida drástica dos preços do petróleo poderia ser benéfica para Angola, era disto que se tratava. Após o rebentar da toalha almofadada de dólares onde os governantes angolanos se estiravam enquanto decidiam o futuro airoso do país, é agora tempo de rebobinar a cassete do crescimento contínuo e sustentado e, em definitivo, assumir que o oásis poderá secar. E que, se calhar, será também tempo deste país tentar parar de importar tudo o que necessita e esforçar-se por produzir internamente o que consome. Depois desta evidência, haverá que limar outras. Como a de divulgar às famintas empresas internacionais que cá querem entrar, tugas incluídos, quais as condições para a recepção dos tão necessários investimentos. Tem de ser em joint-ventures com os locais? Mas afinal eles percebem do negócio? E como fica a distribuição do capital? Os locais terão sempre a maioria? E entram para realizar capital? Ai só entram com terrenos, licenças de construção e contratos de fornecimentos futuros? Eh pá, se calhar teremos de analisar isso melhor, porra! Restará, então, saber, se estes tugas dos materias de construção estarão tão à rasquinha para encontrar novos mercados como, aparentemente, terá estado a TV Cabo.

2 comentários:

ordralfabetix disse...

Caro Roberto:

Para Angola será bom ter TV Cabo. A principio serão só as elites, mas depois vai estender-se aos cafés e a uma faixa maior da população. Que assim terá acesso à CNN, Al-Jazeera e SIC-N.

Mas sobretudo o Roberto poderá assistir em directo aos jogos do Benfica. Ou do Barcelona e do ManUnited

Roberto Ivens disse...

Ordralfabetix,

Não discuto os méritos da introdução da TV Cabo em Angola, apenas o grau de cedência da PT neste partenariado. Já agora, no que diz respeito ao Glorioso, fico a aguardar que o domínio do jogo seja de 70%! Velhos tempos...