Um dos ícones de Angola, para os expatriados que para lá vão emigrando, são os vistos de entrada, sem os quais não é permitido o desembarque a quem lá anseie arribar. São vários os objectos destes vistos, desde trabalho, residência e turismo, até aos mais comuns ordinários. São reconhecidas as dificuldades que qualquer um deles coloca aos viajantes na sua obtenção. Tal como a simpatia com que esta burocracia é aceite, principalmente em quem lá vai para trabalhar a tempo inteiro. Desde logo, porque a dificuldade em obter um visto de trabalho, que em média é de cerca de um ano, é coberta com uma sucessão de vistos ordinários, os quais permitem estadas até 30 dias e duas renovações locais por iguais períodos de tempo. Na prática, qualquer assalariado ordinário vê-se forçado a regressar a Portugal uma vez em cada trimestre a fim de poder solicitar a emissão de um novo visto de entrada em Angola. O qual obriga, em média, a uma espera de dez dias úteis até que volte a ser novamente concedido. Um martírio temporal que, afinal, qualquer tuga enfrenta estoicamente com um sorriso nos lábios. Sendo porventura esta a única ocasião em que a tantas vezes apregoada lentidão angolana não é motivo de reprovação.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
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3 comentários:
VExa sabe que não precisa de voltar,
não sabe ?
:)
n.m.a.,
MExa sabe que precisa de voltar...
:)
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