Ouvir isto por ouvidos de tuga, em África, assaltado das rotinas da distância por um longínquo nevoeiro de frames que disparam impiedosamente lembranças de cheiros, sabores, sussurros, prazeres, sensações mal amanhadas e outros signos igualmente mal decifrados, equivale a ser apanhado pela silenciosa explosão de um vulcão, que se diz ser galináceo e cuja lava se espalha deliciosamente pela epiderme. E que dura, precisamente, quatro minutos e vinte e dois segundos, num magma onde a memória dos sentidos se confunde com os sentidos da memória. Há quem chame a isto saudade. Seja. E enquanto desvio os olhos para o local onde arrumo a mala-de-cartão, apetece-me dizer, como se um magala a sonhar com rabanadas. «Adeus e até ao meu regresso.»
sábado, 27 de setembro de 2008
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1 comentário:
Para mim, Dulce Pontes é a melhor de toda(o)s.
(Qual Mariza, qual quê!)
Embora, naturalmenoste, a riqueza seja haver muitos e para vários gostos.
Mas não vou em modas nem em lobbies musicais...
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