segunda-feira, 8 de junho de 2009

63%

Há muito que, nas empresas modernas, os objectivos comerciais ou o desenvolvimento de desempenho são levados muito a sério. Tanto que, no final do período da avaliação, os cumpridores são premiados e os reiteradamente não-cumpridores são muitas vezes relegados para tarefas menos apetecíveis. Na política este tipo de conceitos ainda não germinou. Daí que, nas eleiçoes europeias, em Portugal como em quase todos os países do continente, um resultado de 37% na ida ás urnas não penalize os políticos incapazes de mobilizar as suas populações. Cortes em bónus, despesas de representação, cartões de crédito, plafonds automóveis, fundos de pensões, quantas vezes até salários, transferências para outras áreas na rectaguarda do «combate político», secretariado, arquivo, colar-cartazes, até, quiçá, o desemprego. Na prática, o que pode acontecer a qualquer outro trabalhador que tenha tido o azar de bater á porta de uma empresa moderna. Estou em crer que, em alguns nomes da política portuguesa, se descobririam novas vocações.

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