segunda-feira, 15 de junho de 2009

Campeões, campeões, nós somos ...

Mal nos demos conta desta notícia, «Luanda manteve 1.º lugar na lista das cidades mais caras do mundo», os cerca de seis milhões de abramovichs, ronaldos, florentinos, gates, buffets, slims, geldorfs, santos e tutti-quanti que estimamos habitar em Luanda irrompemos numa festa tão incontida quão espontânea. Descemos dos nossos andares pelas escadas que serpenteiam os elevadores, quando os há, avariados ou transformados em despensas, conseguimos saltar sobre o lixo entulhado nos halls dos prédios, passamos a portaria sem portas a que deveríamos antes chamar sem-portaria, galgamos os buracos abertos nos passeios onde os chineses plantaram há anos uns canos pretos de um saneamento que nunca vimos funcionar e encontrámo-nos todos no meio da rua, festejando com a malta que, nos seus carros sem seguro, espelhos ou matrículas, já ali se concentravam num engarrafamento desde as 7 da manhã, como de resto fazem todos os dias, para festejar a conquista, como sempre bem suada, de mais este campeonato.

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