Há já vários dias que a hóspede sul-africana não falava com a empregada angolana. Também, porque não sabia português, numa ignorância contra-linguística mutuamente correspondida. Diálogo de mudas, portanto, antes do tuga, who else, meter o bedelho. Para a sul-africana, era inconcebível que a empregada lhe alterásse os programas da máquina de lavar-roupa. Para a angolana, rodar o manípulo sempre que a máquina parava visava forçá-la a retomar a lavagem. Deste lado, a ignorância sobre o funcionamento dos ciclos de uma moderna máquina de lavar-roupa. Do outro, a ignorância sobre os propósitos de uma simples ajuda, ainda que tosca. Pelo meio, recriminações mútuas de racismo. Há quem chame a isto conflito cultural. Estou mais inclinado a chamar-lhe falta de bom-senso.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
O triunfo dos porcos?

domingo, 26 de abril de 2009
Quarteirão de Abril

sábado, 25 de abril de 2009
Anopheles

Voos ao domicílio
A TAAG está proibida de efectuar directamente voos para a Europa, pelo que tem os seus aviões tripulados por pilotos de outras companhias. O que é uma pena. Acabo de saber que tinha hipóteses de, um dia destes, ter viagem directa de Luanda para o Porto.
Pepe Loco
Após o belicismo destas imagens, fico com a certeza de que, se fosse sócio do Real Madrid, exigiria que este Pepe, dito futebolista do clube espanhol, fosse de imediato despedido da equipa. Como não sou, fico na expectativa de que, pelo menos, seja expulso da selecção nacional portuguesa.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Macas & marquesas
Passadas duas semanas, aterrar em Angola é como regressar a um covil donde se espera poder continuar a disfarçar um permanente estado de infelicidade latente. A provocada pelo que, mais uma vez, se deixou para trás e a que insiste em voltar a deparar-se-nos pela frente. Algures na penumbra desta sandwich de sensações, há o barbitúrico efeito dos noticiários da RTP Internacional e dos seus cortejos de desempregados, fundo-desempregados, mal-empregados, desempregados-semi-pensionistas, colarinho-desempregados, pensionistas-empregados e toda a sorte de actuais e futuros lay-offers, numa letargia de ilustrações que jorram do ecran a conta-gotas, em news a cada dia mais velhas e menos aguadas, antes areadas como saídas de um poço prestes a secar, as quais, bem mais que o postar neste blogue, me têm ajudado a salvar da marquesa do psicanalista. Então… qual é a maca?
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Mentes brilhantes para exportação
Desde que haja construção haverá sempre desenvolvimento, declarou um obscuro director comercial e principal candidato a ministro das Obras Públicas no próximo governo português, actualmente exilado em Angola mas já a pensar no programa ministerial aquando do regresso à mãe-Pátria, o que inclui a construção do futuro TGV, do novo aeroporto de Lisboa, da terceira ponte sobre o Tejo, da quarta sobre o Douro, de meia dúzia de IP's para as moscas poderem passear ao fim-de-semana e de mais umas quantas vias de cinturas, internas, externas e assim-assim, para que o país possa golpear-se em certeiros flic-flac's de cimento rumo ao tão desejado desenvolvimento.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Vá para fora cá dentro

sábado, 11 de abril de 2009
Redacção sobre a Páscoa

quarta-feira, 8 de abril de 2009
Não há duas sem três

terça-feira, 7 de abril de 2009
Post de uma morte (não) anunciada
No dia em que escrevi e pretendia publicar isto o Asus pifou. A partir do próximo mês de Maio, previsivelmente, este blogue extingue-se. Ao contrário do início, haverá que dar sentido a este final. Que melhor alibi para a mudança de armas e bagagens, de que tanto autor quanto blogue estão necessitados, do que uma nova aventura em África? Acabar a comentar títulos de jornais tem sido o estertor de muitos blogues em asfixia de densidade e também este parece não conseguir fugir à regra. Bora lá então à mudança, aproveitando a boleia da outra. Afinal, em ocasiões mimeticamente anteriores, uma nova aventura determinou um novo blogue. Daí que, após ano e meio a murmurar escritos nesta caixinha, prevejo silenciá-la a partir de Maio. Como comunicar no futuro, irremediavelmente não longínquo, logo se verá. Para já, fica apenas a insustentável percepção do presente. Como, desde que me internei em África, estou cada vez mais crente no acaso, decidi não levar a sério o que escrevi. Conto, então, continuar neste trilho até nova mudança de humor. Minha ou do sucessor do Asus.
domingo, 5 de abril de 2009
Selagens
Sócrates queria um selo com a sua foto para deixar para a posteridade o seu mandato no Governo deste país que está de tanga. Os selos são criados, impressos e vendidos. O nosso PM fica radiante! Mas em poucos dias ele fica furioso ao ouvir reclamações de que o selo não adere aos envelopes. O Primeiro-Ministro convoca os responsáveis e ordena que investiguem o assunto. Eles pesquisam as agências dos Correios de todo o país e relatam o problema. O relatório diz:"Não há nada de errado com a qualidade dos selos. O problema é que o povo está a cuspir no lado errado."
Chegou-me agora, pelo correio. Electrónico.
sábado, 4 de abril de 2009
Pif-Asus

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