quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vitorino | Queda do Império

Estranhamente, neste meu cosmopolitismo angolano, tem-me dado mais para ouvir música portuguesa durante os joggings matinais. Após recente fuga a Portugal, reforcei o alforje da sonoridade tuga com o grande Vitorino, certamente o mais barato músico português de sempre. O triplo «Tudo» custou-me na FNAC 9,95 euros, menos de vinte cêntimos por cada uma das cinquenta canções. Realidade pobretana quando comparada com o pimbalhão Tony Carreira, que acabo de ouvir no Telejornal da RTP Internacional ter ganho um disco de platina em apenas três dias. Os tugas preferirão «O homem que sou» à «Menina estás à janela», o que me tem deixado preocupado com o regresso. Por mim, creio que nunca alinharia num jogging na marginal com o Tony a miar-me nas orelhas. Para esgoto já bastarão os da baía de Luanda. E até acho que a bóina do Vitorino tem bem mais pinta que o manjerico do Carreira.

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